Plástico é tudo igual? As diferenças entre bioplástico, plástico biodegradável, compostável e reciclável.

Plástico é tudo igual? As diferenças entre bioplástico, plástico biodegradável, compostável e reciclável.

A gente já sabe que o plástico está em todo lugar, né? E que isso é um problemão. Mas no meio de tanta sacola, canudinho e garrafinha nem sempre dá pra parar e perceber que tipo de plástico é aquele. Sim, porque existem plásticos diferentes e isso acaba trazendo diferentes impactos pra você e para o planeta. 

Se você tem vontade de ter uma relação mais consciente com o Planeta, conhecer um pouco mais sobre esse assunto é legal. Vem saber mais e vamos aprender juntas!

Índice

Os tipos de plástico

Muita gente – e provavelmente você também – até sabe que existem tipos ou categorias diferentes de plástico sendo produzidos e utilizados por aí. Toda vez que a gente espia um rótulo ou uma embalagem de algum produto pra checar se é reciclável, aparece um numerozinho por ali também, indicando qual é a classificação daquele material plástico.

Segundo a norma NBR 13.230 da ABNT, essa numeração serve como identificação de produtos e matérias-primas plásticas. A lista abaixo mostra essas categorias diferentes de plásticos e você já deve ter visto esses números e siglas em muitos produtos por aí:

Tipos de plásticos prejudiciais
  • 1 - PET (polietileno tereftalato)
  • 2 - PEAD (polietileno de alta densidade)
  • 3 - PVC (policloreto de Vinila)
  • 4 - PEBD/PEBDL (polietileno de baixa densidade e polietileno de baixa densidade linear)
  • 5 - PP (polipropileno homopolímero/copolímero)
  • 6 - PS (poliestireno)
  • 7 - Outros

Mas essa é apenas uma das formas de classificar os tipos de plástico, sabia? Ela se baseia no tipo de estrutura química que foi usada pra fabricá-lo. Mas a gente também pode separar os tipos de plástico de acordo com o uso que eles recebem, por exemplo, ou também classificar cada plástico pensando no quanto ele pode prejudicar o meio ambiente.

Hoje em dia, novos tipos de plástico tem sido criados com a intenção de desenvolver materiais menos agressivos à natureza. A ideia é que esses plásticos possam se decompor com mais rapidez – em semanas ou meses, ao invés de séculos – e sem causar tantos problemas para o Planeta. Então, além do plástico reciclável, que você já conhece, esses novos plásticos tem sido chamados de bioplásticos, plástico biodegradável e plástico compostável, e é legal entender um pouquinho mais sobre cada um desses termos.

Bioplástico

Taí um termo polêmico. Existem muitas definições rolando por aí para o bioplástico, mas talvez seja mais fácil começar falando o que não é um bioplástico. Vamos lá: quando um plástico é produzido a partir de derivados de petróleo e não é biodegradável, ele não é um bioplástico. O resto? Bem, dependendo do nível de tolerância que você usar, pode ser chamado de bioplástico.

Parece exagero falar assim, mas é verdade. Embora a maioria das pessoas entenda que o bioplástico é aquele plástico produzido a partir de biomateriais – matérias primas de fontes naturais, como plantas e bactérias – até mesmo plásticos derivados de petróleo tem sido chamados de bioplásticos, desde que sejam biodegradáveis. Ah, e plásticos produzidos a partir de processos naturais, mesmo não sendo biodegradáveis, também são bioplásticos. 

Confere esse resuminho:

  • Derivado de petróleo, mas biodegradável? É bioplástico.
  • Derivado de biomateriais, mas não é biodegradável? É bioplástico também.
  • Derivado de biomateriais e é biodegradável? Bioplástico, claro!
  • Derivado de petróleo e não é biodegradável? Aí não.

Então, tem vários plásticos que se encaixam debaixo dessa definição. Só que isso, nem de longe, significa que esses materiais causam menos prejuízo pra saúde das pessoas ou pro Planeta.

Plástico biodegradável

Antes de falar sobre o plástico biodegradável, é interessante entender o conceito por trás disso. Por exemplo, para a ABNT, um material só pode ser chamado de biodegradável se ele for “quebrado” por microorganismos, como fungos e bactérias, em pedacinhos menores que 2 milímetros. E este processo não pode demorar mais que 90 dias, nem ultrapassar alguns limites de toxicidade e de emissões de CO2 para ser concluído.

Existem alguns tipos de plásticos que se dizem biodegradáveis, mas os mais conhecidos são o PLA (plástico poliácido lático) e o PHA (polihidroxialcanoato). Esses materiais até conseguem se degradar dessa forma "natural", só que quase nunca em condições naturais. O que pouca gente sabe – ou ninguém conta – sobre o plástico biodegradável é que esse processo de decomposição natural só consegue acontecer em certas condições de temperatura e umidade que quase nunca são encontradas na natureza. 

Em resumo: até existem embalagens biodegradáveis, feitas de outros materiais, que se degradam de forma sustentável, sem agredir o Planeta, mas se um plástico biodegradável for parar no meio ambiente, ele provavelmente não vai se decompor de forma natural, causando prejuízos pra natureza. Na verdade, o que acontece é que esses plásticos precisam ser enviados, na maioria das vezes, pra usinas de biodegradação onde esse processo vai acontecer como deveria. Ou seja: apostar nos plásticos biodegradáveis passa longe de ser uma solução.

Plástico compostável

A ideia por trás do plástico compostável é mais ou menos parecida com a do plástico biodegradável. Na verdade, a categoria de plásticos compostáveis poderia ser considerada como uma subcategoria de plástico biodegradável. Pra facilitar: todo plástico compostável também é biodegradável, mas nem todo plástico biodegradável pode ser chamado de compostável. Pegou?

A gente já falou aqui sobre como a compostagem doméstica é uma ideia suuuper bacana, mas infelizmente, se você acha que um plástico compostável pode ir pra sua composteira caseira, temos uma triste notícia pra você: não vai rolar. Assim como o plástico biodegradável, esse processo de compostagem do plástico precisa ser feito em uma indústria de compostagem especificamente preparada pra isso. E, como você deve imaginar, lugares como esses não existem em cada esquina. Ou seja: na prática, a chance desse plástico compostável realmente virar composto orgânico é beeem pequena. :(

Plástico reciclável

Ah, esse você conhece bem, né? O plástico reciclável está às voltas por aí há bastante tempo. Mas isso não quer dizer que a gente tenha aprendido a se relacionar com ele da forma certa ainda. Isso porque, em tese, quase todo plástico poderia ser reciclado. Mas quase nenhum é.

Vários fatores levam a esse cenário. Um deles é econômico: alguns tipos de plásticos custam caro pra reciclar, e são vendidos muito barato depois. Ou seja, não há interesse em reciclar esse tipo de material, já que ele não gera lucro. Outros plásticos até são considerados recicláveis, mas dependem de tecnologias que ainda são pouco populares e apenas algumas poucas indústrias de reciclagem possuem. Daí, quase nada desses materiais são realmente reciclados.

Tem mais um motivo e ele é cultural: embora muita gente conheça a reciclagem, poucas pessoas de fato separam os materiais corretamente em suas casas. Isso, somado à escassez de programas de coleta seletiva e reciclagem nas cidades e comunidades onde vivemos, leva a números pífios de reciclagem, no Brasil e no mundo: aqui, só 1,3% de plástico é reciclado e no resto do Planeta apenas 9%.

Criar novos tipos de plástico é mesmo a melhor solução?

Vira e mexe surgem notícias de novos tipos de plásticos sendo desenvolvidos por aí, sempre com a ideia de criar um material menos nocivo para o meio ambiente e que resolva o problema da poluição plástica. Mas será que esse é o caminho?

A gente já viu que esses tipos de plástico acabam não tendo um descarte correto e que, seja de uma forma ou de outra, uma quantidade colossal de resíduos plásticos continua indo parar na natureza, poluindo ecossistemas, matando animais e afetando a nossa saúde também.

Além disso, a questão do plástico vai além do lado ambiental. Ela tem a ver com nosso estilo de vida, com consumo consciente, com um desejo de uma vida mais equilibrada e sustentável, que gere menos impacto no Planeta, em todos os sentidos.

Por isso, na prática, a melhor saída ainda é considerar todos esses novos tipos de plástico como sendo… plástico! E evitar seu uso inconsciente, reduzindo nossa dependência desse material que, apesar dos avanços, ainda causa um montão de problemas por onde passa.

Como reduzir nosso consumo de plástico?

Mudando nossa atitude e repensando nosso estilo de vida pra produzir menos lixo a cada dia, por exemplo. Levando sua sacola ao mercado, comprando com mais sabedoria, escolhendo produtos que usam menos plástico. Enfim, tudo aquilo que você já deve ter ouvido por aí e, embora pareça pouco, pode fazer uma boa diferença.

É nisso que a gente acredita e aposta, sabe? Que fazendo a nossa parte, com calma e persistência, os resultados começam a aparecer. Por aqui, chamamos isso de sustentabilidade possível e a nossa linha de produtos foi criada com base nesse propósito: de equilibrar nosso jeito de viver, a cada dia, com as necessidades urgentes do nosso Planeta.

É por isso que os produtos da B.O.B são 100% zero plástico: quando a gente inovou e desenvolveu versões sólidas de cosméticos tradicionalmente líquidos – isso se chama Waterless Beauty – nos libertamos da dependência de garrafinhas e frascos plásticos! E quando você usa nossos shampoos, condicionadores, sabonetes, desodorantes, máscaras capilares e barras de limpeza facial, também se liberta!

As nossas incriveis barrinhas não usam plástico nem no processo de envio até sua casa, e chegam aí cheias de coisas boas: elas são veganas, cruelty free, livres de agentes químicos nocivos e recheadas de ingredientes naturais super concentrados pra oferecer a você o máximo de resultados, rendendo muuuito, por muuuito tempo!

Então, se for pra escolher entre a inovação dos novos tipos de plástico e a inovação no desenvolvimento de produtinhos sustentáveis, saudáveis e inteligentes como esses, com qual você fica? :) 

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